O que te alegra? Com o que você se contenta? O que você busca? Quais são os princípios que fundamentam sua vida? Quem são seus exemplos? Vai...

O que te alegra? Com o que você se contenta? O que você busca? Quais são os princípios que fundamentam sua vida? Quem são seus exemplos? Vai dizer que você nunca se perguntou sobre isso... Essas são questões fundamentais para a formação do caráter humano.

Vejo pessoas buscando a perfeição de seu corpo, como se elas pudessem materializar a perfeição ontológica da estética. Uma vã busca creio eu. A vida precisa ter mais sentido que isso. Aliás, qual o sentido em esculpir um corpo que será reduzido a pó, cedo ou tarde?

Também vejo pessoas investindo todas as suas economias para parecerem com alguém famoso. Quanta ignorância há nesse gesto. Quão grande não deve ser a frustração ao se darem conta de que suas vidas foram desperdiçada por não terem sido vividas no que de mais precioso elas possuem: sua originalidade.

Ouço boatos de homens que trocaram suas vidas por carreiras promissoras. E me pergunto: pra quê? Quem irá usufruir de tão grande e grave sacrifício? Terá valido a pena tão vil existência, quando, em seu velório, os filhos não derramarem lágrimas pelo pai mas sim pela parte da herança que lhes coube?

Vejo homens e mulheres acordando na sarjeta, ou em camas desconhecidas, porque não possuem o discernimento necessário para reconhecer seus limites em uma noitada. Tais homens e mulheres vangloriam-se de suas condições. Para mim não passam de pessoas solitárias, cuja vida já não tem mais sentido...

Outros homens e mulheres viajam o mundo, sem criar raízes. Dizem que o mundo lhes pertence. Mas são estrangeiros até em sua própria terra natal. Não vejo sentido em uma vida construída sem raízes.

Ouço pessoas que fazem de sua vida um combate. Sim, um combate. Proferem discursos de ódio contra seus irmãos que pensam e vivem de forma diferente. Odeiam negros, índios, homossexuais, gordos, qualquer um que não se encaixe em seu perfil. Desses eu busco manter distância.

Vejo tantas pessoas, trilhando tantos caminhos, sem perceber o quão sem sentido sua vida está se tornando. Não que eu saiba o sentido da minha. Apenas tenho algumas indicações que aprendi...

Aprendi que quanto menos exigirmos da vida e quanto menos peso carregarmos, mais leve ela se torna. Percebi que existe uma alegria única em colocar minha vida a serviço da própria Vida e das pessoas que dela necessitam. Vi que uma vida com honra traz respeito. E respeito resgata o reconhecimento do Ser Humano. Ninguém quer ser desrespeitado.

Não sei por onde se deve ir para se ter uma vida plena. Mas acredito que o caminho contemple as pequenas nuances que a vida apresenta. Um raio de sol entre os galhos de uma árvore, o calor do pão, o cheiro do jantar, o roçar de pele num abraço... Eu consigo ver algo especial aqui. Algo que rompe o sistema. A felicidade não é um pote de ouro no final do arco-íris. É antes de tudo, o caminho que se faz para alcançar o pote de ouro.

É triste você buscar tentar criar um diálogo com alguém, ainda mais um filósofo, e este argumentar dizendo que dívida histórica não exist...

É triste você buscar tentar criar um diálogo com alguém, ainda mais um filósofo, e este argumentar dizendo que dívida histórica não existe. E ir além, usar uma série de pensamentos e falas preconceituosas para defender seu ponto de vista...

É entristecedor você ler algo de tão baixo teor mental e tão preconceituoso. Se bem que sempre desconfiei que o preconceito nasce a partir de atitudes e pensamentos de pessoas com total ausência de espírito filosófico e sem nenhuma atividade racional. E o racismo (palavra em si já preconceituosa) e os demais preconceitos são diretamente proporcionais com a estupidez de quem os profere. Sendo assim, desconfio que o autor dessa definição tenha menos atividade intelectual de caráter filosófico que uma couve-flor. 
Busco, no meu cotidiano, seguir o conselho de Le Blanc e fazer da filosofia um moderador das diferentes formas de pensamento e não conceituar a mesma como a polícia do pensar. Mas, diante de tais absurdos, é impossível não se apresentar. Porque dessas definições baratas surgem discursos de ódio que acabam se concretizando em chacinas. O preconceito é fruto de uma mente alienada, fechada em seus próprios conceitos e, na melhor das hipóteses, preocupada apenas consigo mesmo.

Existe um abismo que difere discurso de ódio de liberdade de expressão. Agora, ter a clareza suficiente de conseguir visualizá-lo nem sempre está presente nos interlocutores. E convenhamos que o anonimato da internet em nada ajuda a coibir falas e pensamentos que incitam o ódio social. Entretanto, espera-se que pessoas com formação acadêmica, ainda mais em filosofia, tenham a fineza de perceber tal abismo e consigam medir suas palavras. Não se trata aqui de manter discursos politicamente corretos ou que não tragam nenhuma crítica. Porque o discurso precisa dizer algo, precisa transmitir o pensamento e o sentimento do seu autor. Mas não deve de forma alguma incitar o ódio. É preciso aqui aprender com Epicuro, ter uma razão vigilante que nos aponte e esclareça sempre a diferença.
De minha parte é isso, espero que entendam que nem tudo é filosofia. Não é um diploma que dá legitimidade à tudo que decido falar. E tem coisas que é melhor eu nem conceber; e se por acaso as concebo, então devo calar-me para não passar vergonha...

PS. História ficcional com personagens ficcionais Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência."
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