Antes de adentrar no tema dessa postagem, quero chamar a sua atenção, caro leitor, para um trecho da música O Preço (Charlie Brown Jr): ...

Antes de adentrar no tema dessa postagem, quero chamar a sua atenção, caro leitor, para um trecho da música O Preço (Charlie Brown Jr):

Dei um trocado prum pivete no farol
Olhei pro lado, tava o pai
Pensei: Velho filha da puta, explorador!
Mas vai saber... Sei lá
Cada um tem sua história
Eu tô aqui pra aprender, não pra julgar
Quem pode me julgar? Quem?
Pelo menos desde cedo o pivete vai aprender a se virar (ah vai)

E graças a Deus, eu não tive um pai assim
Meu pai, um grande homem
Me ensinou como ser homem também
Longe do velho eu passei fome
Isso é passado, amém
Mas eu tive quem sempre olhou por mim, yeah


O número de crianças e adolescentes nas ruas das grandes cidades do Brasil tem diminuído nos últimos anos, mas, mesmo assim, continua gritante. Gritante por vários fatores, sendo que o principal diz respeito a invisibilidade social dos mesmo. Semelhantes a pingentes nas ruas da capital, as crianças e adolescentes passam despercebidos aos olhos do cidadão comum que cruza com elas no seu itinerário corriqueiro. Não são vistas, e se são, o são com um olhar de reprovação, repugnância, asco e medo. Ou ainda com o mais cruel de todos os olhares: o olhar da "pena", o olhar de quem dá um trocado, de quem dá uma bolacha para redimir sua maldita consciência.

Quando Marx escreveu o Capital, trazendo a tona o problema da alienação na produção capitalista, a indústria estava em seus primórdios ...


Quando Marx escreveu o Capital, trazendo a tona o problema da alienação na produção capitalista, a indústria estava em seus primórdios e as relações e trabalho eram mais diretas entre trabalhadora e patrões. Áreas como gestão de recursos humanos eram desnecessárias e praticamente inexistentes.

Marx criticou um modelo econômico de produção onde o trabalhador não é reconhecia naquilo que estava produzindo. Em curtas palavras, o trabalhador vende seus esforços para produzir um objeto que não lhe pertence. E com a produção em série, o trabalhador passou a produzir apenas uma parte (insignificante) de um produto, ansiando ainda mais o sentido de seu trabalho. Mas, ainda assim, havia um projeto sendo produzido. Havia algo de concreto.

Pergunto-me o que Marx diria hoje... Qual seria sua crítica frente a realidade que nos encontramos. Qual seria seu discurso aos estudantes e trabalhadores da área administrativa? Ou do direito? Aliás, que direito é esse que não defende a justiça, mas apenas a legalidade?

Discordo de quem diz que Deus não existe. Tal posição, ao meu ver, beira a loucura. Da mesma forma, discordo e autores que buscam uma s...


Discordo de quem diz que Deus não existe. Tal posição, ao meu ver, beira a loucura. Da mesma forma, discordo e autores que buscam uma saída pela tangente, tal como Badiou, que defende que Deus morreu. Prefiro atestar que Deus existe, e mais, que Ele se manifesta a todo instante. Parece hipocrisia um marxista defender a existência de Deus, mas acontece que, diferente de Moisés (que viu apenas a sombra de Deus) eu compreendi sua real natureza e descobri seu nome...

Começo pelo começo. O ser humano tende, em sua história, temer Deus. Depois passa a negá-lo, como se o mesmo fosse algo a ser afastado de sua vida. Nesse processo, alguns se dizem ateus, sem saber ao certo o que é ser ateu. Outros se dizem crentes, mas sem conseguir explicar no que acreditam. Um terceiro grupo diz acreditar em algo maior,  e dá vários nomes a esse "algo maior": universo, energia, cosmo... Mas todos se submetem a algo. Todos acreditam em algo maior, inclusive os ateus, que veem na ciência e no dinheiro seu Deus.
Filosofia do Cotidiano. Tecnologia do Blogger.